Conheça 10 marcas nordestinas comandadas por mulheres
- Maria Eduarda

- há 7 dias
- 3 min de leitura
Celebrado mundialmente em 19 de novembro, o Dia do Empreendedorismo Feminino é um convite para reconhecer e valorizar mulheres que transformam ideias em negócios, impulsionam comunidades e movimentam a economia criativa.

No Nordeste, esse protagonismo feminino é ainda mais pulsante: estilistas, artesãs, designers e gestoras vêm redesenhando a cena da moda brasileira ao unir saberes ancestrais, inovação e identidade cultural.
Com curadoria especial de Daniela Falcão, fundadora do hub Nordestesse, conheça 10 marcas comandadas por mulheres que representam o melhor do Nordeste – e que merecem toda a visibilidade neste dia tão simbólico:
Adriana Meira

Com criações inconfundíveis que misturam arte sacra, orixás e referências sertanejas, Adriana Meira se tornou um dos grandes nomes da moda autoral baiana. Suas peças, que já chegaram até ao mercado internacional — incluindo Portugal — celebram espiritualidade, força estética e o repertório cultural do sertão.
Cearensy

O crochê ganha uma roupagem contemporânea com a Cearensy, marca criada durante a pandemia por Synara Leal. Ao resgatar técnicas de artesãs de Aracati, Jaguaribe e outras regiões cearenses, a marca faz uma releitura moderna da tradição, interpretada em bolsas e peças de crochê que misturam a alta-costura com o espírito do litoral cearense.
Açude

Lançada em 2020, a marca Açude leva o Cariri cearense para o universo fashion de forma lúdica e poética. A estilista Ana Beatriz Ribeiro, nascida e criada em Juazeiro do Norte, une a fauna, a flora e o folclore da região em coleções criativas e nostálgicas. Sua formação em Arquitetura reflete-se nos cortes precisos de suas peças, que ganham ainda mais significado com o toque da cultura local.
Dua

Arte, moda, fé e ancestralidade convivem na Dua, marca comandada pela baiana Camila Oliveira ao lado da mãe, Dona Nádia. Desde 2018, criam colares, brincos e anéis esculturais em dourado e branco, quase sempre acompanhados de búzios africanos.
Madeira, metal com banho de ouro, miçangas de vidro e a sensualidade latente do design baiano definem o estilo da Dua.
Santa Resistência

Natural do Recôncavo Baiano, terra onde nasceu o samba, o candomblé e com a pérolas arquitetônicas do período colonial, Monica Sampaio usa esse caldeirão para criar na Santa Resistência, sua marca, roupas que valorizam a estética afro-brasileira, sempre inspirada em personalidades negras como Cartola, Maria Felipa, Catulo Maria Mariá. Catarina Paraguaçu
Lizzi

Fundada por Lisyane Arize, baiana de Mirangaba, a Lizzi é uma celebração da beleza dos Lençóis Maranhenses. Peças em seda pura trazem estampas digitais da paisagem do Maranhão, enquanto alças e acabamentos remetem a galhos retorcidos e ao artesanato do Bumba-Meu-Boi. Uma moda sofisticada, fresca e profundamente simbólica.
Rush

Com 29 anos de história em Olinda, a Rush, referência em moda praia, é comandada por duas mulheres, as irmãs Catherine e Louise Vasconcelos. A marca já firmou parcerias com grandes nomes da arte nordestina, como Ariano Suassuna e Francisco Brennand, criando peças que valorizam a cultura local e dialogam com verões cheios de personalidade.
Catarina Mina

Cearense na alma e no propósito, a marca fundada por Celina Hissa atua há mais de 15 anos fortalecendo técnicas artesanais em diferentes regiões do estado e valorizando o trabalho coletivo de artesãs. Em 2014, inovou ao lançar o projeto #UmaConversaSincera, abrindo seus custos de produção e estabelecendo um novo padrão de transparência na moda. Hoje, além das bolsas icônicas, também desenvolve roupas e apresentou sua primeira coleção no SPFW N60, reafirmando seu compromisso com a colaboração, o design autoral e a construção de uma moda feita em conjunto.
Duda Bradley

A marca homônima da designer pernambucana Duda Bradley traz uma joalheria minimalista, lúdica e profundamente consciente. Seu processo de criação utiliza upcycling de ouro e prata descartados, transformando o que seria resíduo em novas peças únicas e cheias de significado.
Elis Cardim

A baiana de Ipiaú eleva o crochê a um patamar de sofisticação singular. Em vez de fios de algodão, Elis Cardim trabalha com fios de seda produzidos a partir de casulos que seriam descartados, garantindo leveza, durabilidade e acabamento luxuoso. O tingimento vegetal reforça o compromisso sustentável, mas seu destaque vai além: a designer desenvolve peças com caimento impecável e construção minuciosa, sempre em parceria com comunidades de crocheteiras. O resultado é um artesanal contemporâneo, forte e autoral.










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